Enjaulada

Não gosto disso
As grades da minha vida estão à minha volta
Prendendo-me
Impedindo-me de sair
Barreiras invisíveis que me machucam
Que me forçam a permanecer afastada
Que me impedem de fazer o que eu quero
Tiram minha liberdade
Visual, física e das palavras
Não posso falar, senão sou julgada injustamente
Não posso chorar, senão estarei sendo fraca
Não posso encarar, senão serei tachada de má educada
Já não dá mais para aguentar
Quando as luzes se apagam
Encolho-me embaixo da coberta
E choro em silêncio
Desejando liberdade
Desejando ele
Desejando minha felicidade
Pois eu não sou um bicho
Para ficar nessa cela
Chamada casa